segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dicas para escolher um bom microfone

Olá, Amigos!

Depois de muita dúvida sobre o que escrever, consegui decidir que minha primeira coluna será sobre Microfone, que é um dos mais importantes em um setup de gravação. A escolha errada desse carinha aí pode pôr tudo a perder! Problemas de gravação, como alteração de timbre e distorção completa da fonte sonora não podem ser resolvidos com edições, plug-ins, mixagem ou masterização. Então, faça a escolha certa!
Atenção! Sabe aquela combinação “Custo-Benefício”? Nem sempre os equipamentos mais caros são os melhores para o que se precisa. Sendo assim, nem sempre os mais baratos são de baixa qualidade. É preciso analisar primeiro suas necessidades atuais e futuras e depois quais microfones atendem à essas necessidades. É importante ficar atento para a durabilidade e às marcas de credibilidade. As mais conhecidas, geralmente, possuem assistência técnica eficiente e melhor qualidade. Porém, em contrapartida, marcas inovadoras invadem o mercado com excelentes produtos.
Microfones (do grego Micro = pequeno e Fone = voz) – São equipamentos que convertem energia acústica em elétrica. Cada equipamento acopla suas características ao som registrado. Eles possuem um transdutor (componente que converte acústica em elétrica). Existem diversos tipos, como os eletros e eletrostáticos. Mas falaremos aqui sobre os mais importantes, que são os dinâmicos e os condensadores.

Os Dinâmicos
São bastante conhecidos como microfones “duros” ou “de pressão” e, geralmente, utilizados em shows, devido à sua resistência a quedas e durabilidade. Eles possuem uma pequena membrana acoplada a um imã, que ao ser atingida por uma onda sonora, se movimenta em um campo magnético, gerando uma corrente elétrica proporcional à pressão a que foi exposta. A cápsula espessa suporta bastante pressão sonora.

Os Condensadores
São mais fiéis em suas respostas e são muito conhecidos como capacitivos ou “condensers” porque a corrente externa é controlada por uma das placas de um capacitor fixado no microfone. O diafragma é fininho e frágil, de metal ou de plástico. Normalmente uma película plástica de poliéster coberta por uma fina camada de ouro ajustada sobre uma peça plana de metal ou cerâmica chamada de “back plate”. Uma determinada carga elétrica é colocada entre o diafragma e o back plate, dependendo dos movimentos do diafragma, causam variações na saída elétrica. Para que todo o sistema funcione bem é necessário uma energia externa de alimentação chamada “phantom power”. Mas também podem ser alimentados por baterias ou outra fonte qualquer. Por sua sensibilidade de captação não é indicado que ele seja exposto a altos níveis de pressão sonora a curta distância. São divididos em dois grandes grupos: omnidirecionais e direcionais, mas sobre esses grupos nós deixaremos para o próximo artigo.


 
Os OMNIDIRECIONAIS
Esse tipo de microfone tem um padrão polar esférico capaz de captar o som de todas as direções de maneira praticamente igual. É o mais simples de ser projetado. Indicado para gravações de orquestras ou captações em que o ambiente é almejado. Ele resiste melhor a ruídos de movimentos e/ou à deslocação do ar e são menos sensíveis a “pufs” e “pops” causados por consoantes do canto como “p”, “b” e “t”. É altamente sensível, por isso o ideal é que ele esteja bem próximo à fonte sonora para evitar sons inconvenientes.
A cápsula é exposta somente às ondas vindas da parte da frente dele. Por isso não há cancelamento causados por outras decorrentes da parte traseira.
Na maioria dos modelos o próprio corpo do equipamento serve como anteparo para os sons provenientes de trás que pode causar certa palidez, principalmente nas freqüências mais altas em comparação com os vindos da frente. Quanto menor é o seu diâmetro de omnidirecionalidade, melhor é a captação das freqüências altas.

Os DIRECIONAIS
Esses microfones são mais sensíveis na parte da frente (0º) e rejeitam os que consideram fora-do-eixo. Divididos em cardióides e bidirecionais.
Cardióides – O nome dá-se por conta de seu formato idêntico ao de um coração. São mais utilizados para gravações porque evitam vazamentos e ruídos indesejados. Não apresentam microfonia, principalmente em lugares abertos.
A rejeição a determinadas direções estabelece três tipos de microfones unidirecionais: os chamados simplesmente cardióides, supercardióides e hipercadióides.
O que os diferencia é o ângulo de rejeição de cada um. O CARDIÓIDE apresenta cancelamento maior aos sons vindos diretamente de trás dele (180º). O SUPERCARDIÓIDE apresenta sensibilidade mínima nos pontos 125º e 235º. O HIPERCARDIÓIDE apresenta sensibilidade mínima nos pontos 110º e 250º.

Os BIDIRECIONAIS, conhecidos também como figura-oito, possuem dois ângulos de máxima sensibilidade: (0º) diretamente da frente e (180º) diretamente de trás. São bastante úteis para ocasiões em que se é necessário excluir sons laterais.

A DISTÂNCIA
O “fator de distância” (DF) para um omnidirecional é de 1,0, para um cardióide é de 1,75, para um supercardióide é de 1,2, o hipercardióide é de 2m e o bidirecional é de 1,35. Um exemplo para entender melhor: Se um omnidirecional for utilizado para captar um som desejado que esteja a 1m de distância, um cardióide posicionado a cerca de 1,75m deve apresentar os mesmos resultados em termos de proporção entre o sinal desejado e o ruído ambiente.
Essas distâncias dos microfones direcionais, porém, podem ser aumentadas se o ruído for proveniente de apenas um ponto e o captador for posicionado de forma a colocar seu ângulo de maior rejeição apontado para lá.
Outros fatores são a reverberação e a captação de alguns harmônicos. O omnidirecional e o cardióide posicionados muito próximos à fonte sonora apresentam resultados muito parecidos no que diz respeito ao ambiente sem reverberação(morto). Mas em um local com reverberação (vivo) as diferenças serão evidentes. Os cardióides apresentam uma resposta muito maior às baixas freqüências quando bem próximos da fonte. O efeito de proximidade não acontece com os omnidirecionais.

A ESCOLHA
Para chegar ao ponto final e escolher o microfone ideal é preciso esquematizar o projeto em detalhes. As diferenças entre os microfones não determinam qual é o melhor ou qual é o mais fraco. Elas servem como opção. Então pense bem no conceito do projeto, verifique o nível de ruído do ambiente, a distância necessária e a acústica do local. O ideal para qualquer estúdio, seja de pequeno, médio ou grande porte, que disponha de bons modelos de todos os tipos para que o técnico informado possa escolher qual utilizar.

Texto extraído do Blog “Tudo sobre Música” por Lidiane Madureira.

2 comentários:

  1. Olá amigo!
    Tenho um projeto (orquestra de cordas)
    www.projetomusicaeacao.blogspot.com
    Gostaria de uma dica sobre microfones de boa resposta com um custo rasoável.
    Valeu!

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